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café em grãos

O Aquecimento destrói Café Brasileiro

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Como as Mudanças Climáticas Estão Reconfigurando a Cafeicultura Nacional

O café, uma das commodities mais exportadas pelo Brasil, enfrenta desafios sem precedentes devido às mudanças climáticas. Desde as fazendas nas vertentes do Caparaó, no Espírito Santo, até as vastas plantações de São Paulo e Minas Gerais, um cenário preocupante se desdobra. As temperaturas crescentes e as mudanças nos padrões de precipitação, exacerbadas pelo desmatamento contínuo da Amazônia e do Cerrado, estão colocando em risco a sustentabilidade da cafeicultura brasileira.

O Termômetro da Crise

Felipe Barretto Croce, proprietário da Fazenda Ambiental Fortaleza (FAF) em Mococa, São Paulo, observou ao UOL que o número de incêndios florestais tem aumentado nos últimos anos, ameaçando seriamente a produção de café arábica orgânico. Em adição, desde 2010, a temperatura média nos municípios produtores de café aumentou em 1,2°C durante o período de floração, um desenvolvimento alarmante. Projeções climáticas indicam um aumento na frequência de dias com temperaturas extremas, acima de 34°C, até 2050.

A Ciência dos Sintomas

José Oscar Ferreira Cintra, fazendeiro de café de quinta geração em Bragança Paulista, São Paulo, aponta para o comportamento errático das plantas de café. Ele destaca que a sequência ilógica de eventos climáticos resulta em uma maturação desigual dos grãos de café, prejudicando não apenas a qualidade, mas também tornando as plantações mais vulneráveis a doenças.

Estratégias de Adaptação

Diante de cenários climáticos extremos, os produtores estão explorando diversas estratégias de adaptação. Algumas fazendas estão apostando em técnicas de sombreamento e agroflorestas para mitigar os efeitos do clima e promover a polinização natural. Embora a irrigação seja uma técnica popular, ela se torna problemática em regiões onde a água é escassa.

O Desafio da Migração

Jurandir Zullo Junior, especialista em agrometeorologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), alerta contra a migração apressada das plantações de café para regiões mais elevadas ou frias. Ele argumenta que essa estratégia implica em desafios logísticos e culturais, dada a especialização e tradição dos agricultores na produção de café.

O Papel das Fazendas Familiares

As pequenas fazendas familiares, responsáveis por 78% da produção de café no Brasil, têm um papel crucial a desempenhar na adaptação às mudanças climáticas. A Fazenda Ambiental Fortaleza, por exemplo, está explorando técnicas de agrofloresta para criar um habitat mais equilibrado para as plantas de café, enquanto contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

Perigo!

As mudanças climáticas representam uma ameaça iminente à cafeicultura brasileira, exigindo estratégias inovadoras e adaptativas. A ciência, a tecnologia e a gestão sustentável das fazendas surgem como pilares fundamentais para navegar por este cenário incerto. Enquanto os produtores se adaptam e a ciência busca soluções, o café brasileiro – símbolo de identidade e fonte de renda para milhões – enfrenta talvez um dos períodos mais críticos de sua história.

José Manoel Ferreira Gonçalves

Outubro de 2023

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