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Organização Mundial da Saúde (OMS): As ondas de calor estão entre os desastres naturais mais mortais

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A onda de calor de dezembro de 2023 que assola o Brasil não é apenas um evento climático isolado; é um prenúncio assustador das consequências cada vez mais intensas das alterações climáticas. Caracterizados por temperaturas superiores às médias locais durante pelo menos três dias consecutivos, estes eventos surgem de uma confluência de fatores. Os sistemas de alta pressão atuam como tampas atmosféricas, retendo o ar quente próximo ao solo e impedindo sua ascensão vertical e perda de calor. Embora ocorram naturalmente, as alterações climáticas antropogênicas amplificaram significativamente a frequência e a intensidade das ondas de calor. Como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS), as ondas de calor estão entre os desastres naturais mais mortais, necessitando de estratégias urgentes de mitigação e adaptação.

Impactos regionais: um cenário variado de realidade abrasadora

Estudos revelam uma tendência preocupante: o número de eventos de temperaturas extremas no Espírito Santo triplicou e dobrou em São Paulo e no Rio Grande do Sul entre 1980 e 2020. Esses eventos podem elevar as temperaturas para perto de 40°C. O El Niño amplifica ainda mais esta ameaça, especialmente nas regiões sul, sudeste e centro-oeste.

Nordeste e Amazônia: um padrão de intensificação do calor

Os cientistas identificaram um aumento alarmante nas ocorrências de ondas de calor no Nordeste e em partes da Amazónia entre 1991 e 2020. Esta tendência continua, com regiões naturalmente quentes e secas, como o Norte e o Nordeste, a registar temperaturas até 3°C acima da média. O aquecimento global, causado principalmente pelas emissões de gases com efeito de estufa provenientes da combustão de combustíveis fósseis e da deflorestação, é identificado como o principal motor deste fenômeno.

Estados em alerta máximo: a ameaça imediata

Em 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja (alto risco) para diversas regiões devido à onda de calor. Estados como Pará, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e partes do Rio de Janeiro enfrentam o peso desta realidade escaldante, com temperaturas previstas superiores a 40°C em algumas áreas.

Um apelo à ação face a um desafio global

A onda de calor de dezembro de 2023 no Brasil serve como um forte lembrete da urgência de enfrentar as mudanças climáticas. Os seus diversos impactos regionais destacam a necessidade de estratégias de adaptação adaptadas, enquanto o próprio fenômeno global exige esforços de mitigação decisivos. Ignorar este apelo à ação só conduzirá a um futuro definido por realidades abrasadoras, com consequências potencialmente devastadoras para os ecossistemas e para a saúde humana.


José Manoel Ferreira Gonçalves

https://www.linkedin.com/in/jose-manoel-ferreira-gonçalves/


Este artigo foi baseado em informações obtidas de fontes confiáveis, incluindo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e estudos acadêmicos.


Meta Descrição

Análise detalhada da onda de calor de dezembro de 2023 no Brasil, seus impactos regionais e a ligação com as mudanças climáticas.

Tags

Onda de Calor, Dezembro 2023, Brasil, Mudanças Climáticas, Inmet, Temperaturas Extremas, El Niño, Aquecimento Global

Frase de Foco

Onda de Calor em Dezembro

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