Por José Manoel Ferreira Gonçalves
Pré-candidato a prefeito do Guarujá pelo Psol

Visão coletiva para a transformação urbana

Em Guarujá, a revisão do Plano Diretor se tornou um tema central, refletindo a necessidade de uma abordagem integrada que considere os aspectos físicos, ambientais, econômicos e sociais da cidade. Este processo exige uma análise profunda da realidade urbana, demandando um engajamento conjunto entre governo e população para repensar e remodelar o futuro da cidade. Afinal, o objetivo é construir uma visão coletiva que guie o desenvolvimento sustentável e inclusivo de Guarujá.

Críticas ao processo atual

O momento político atual, marcado pela proximidade do término do mandato do governo municipal, suscita questionamentos sobre a legitimidade e a eficácia de se definir uma estratégia de longo prazo às vésperas de uma transição de poder. Críticos argumentam que a administração atual, considerada nos “estertores” de seu ciclo, não deveria impor decisões que afetarão a cidade na próxima década. Ressalta-se a importância de deixar essa responsabilidade para o próximo governo, que terá a oportunidade de iniciar seu mandato alinhado com as diretrizes estabelecidas no novo Plano Diretor.

A necessidade de participação social genuína

O debate em Guarujá também aponta para a necessidade de uma participação social autêntica e representativa. O processo deve transcender as “sessões fakes”, conduzidas de forma precipitada e sem transparência, e evoluir para um diálogo aberto e participativo. A crítica ao método “à sorrelfa”, ou seja, feito de maneira oculta e apressada, destaca a importância de envolver toda a comunidade na tomada de decisões, garantindo que o Plano Diretor reflita verdadeiramente as necessidades e aspirações dos cidadãos do Guarujá.

O papel do Plano Diretor na construção do futuro

O Plano Diretor é um instrumento fundamental para orientar o crescimento e o desenvolvimento urbano de forma ordenada e sustentável. Ele define as diretrizes para o uso e ocupação do solo, a infraestrutura, o transporte, o meio ambiente e outros aspectos cruciais para a qualidade de vida da população. Um Plano Diretor bem elaborado, construído com a participação da sociedade, pode contribuir para a redução das desigualdades sociais, a promoção da justiça ambiental e a criação de um ambiente urbano mais inclusivo e resiliente.

Desafios e oportunidades para Guarujá

Guarujá enfrenta diversos desafios, como a desigualdade social, a degradação ambiental, a falta de infraestrutura e a necessidade de diversificação econômica. O novo Plano Diretor precisa apresentar soluções para esses problemas, ao mesmo tempo em que aproveita as oportunidades que a cidade oferece, como o potencial turístico, a localização estratégica e a riqueza cultural.

Um futuro construído em conjunto

A revisão do Plano Diretor em Guarujá é mais do que uma questão administrativa; é um imperativo democrático que demanda engajamento, transparência e planejamento estratégico. A participação ativa da sociedade é fundamental para assegurar que o desenvolvimento futuro da cidade esteja alinhado com os interesses coletivos, promovendo um ambiente urbano equilibrado e próspero. Portanto, o diálogo entre governo, cidadãos e stakeholders deve ser incentivado, visando a construção de um futuro promissor para Guarujá.

**José Manoel Ferreira Gonçalves é jornalista, cientista político, engenheiro, escritor e advogado. Pré-candidato a Prefeito do Guarujá pelo PSOL. É presidente da Associação Guarujá Viva, AGUAVIVA, e da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias, Ferrofrente. Idealizador do Portal SOS PLANETA.

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Fontes de dados:
Prefeitura Municipal de Guarujá, Câmara Municipal de Guarujá e Movimentos sociais e organizações da sociedade civil de Guarujá

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Este artigo discute a revisão do Plano Diretor em Guarujá, destacando a importância da participação social e da construção de uma visão coletiva para o futuro da cidade.

Frase foco:
Visão coletiva